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Funcionários da Samarco e VogBR são ouvidos pelo MPF em BH

18/02/2016 11h09
Por: Redação
Bento Rodrigues
Bento Rodrigues
Funcionários da mineradora Samarco – dona da barragem rompida de Fundão – e da empresa VogBR – responsável pelo laudo que garantiu a estabilidade da estrutura meses antes do desastre – compareceram na manhã desta quinta-feira (18) à sede do Ministério Público Federal, em Belo Horizonte. Eles são ouvidos pelo procurador da República Eduardo Santos de Oliveira, que apura crimes decorrentes do rompimento. De acordo com Oliveira, foram convocadas sete pessoas ligadas à inspeção que garantiu a estabilidade da barragem, que se rompeu no dia 5 de novembro. O procurador afirmou que vai questionar os responsáveis para saber em quais circunstâncias o laudo foi emitido, já que, poucos meses após a inspeção, ocorreu o desastre. A barragem de Fundão se rompeu no dia 5 de novembro de 2015, destruindo o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, e afetando outras localidades, além das cidades de Barra Longa e Rio Doce. Os rejeitos também atingiram mais de 40 cidades na Região Leste de Minas Gerais e no Espírito Santo. O desastre ambiental é considerado o maior e sem precedentes no Brasil. Na chegada para a oitiva, o procurador afirmou que o MPF investiga os crimes de inundação e falsidade ideológica, além dos homicídios e lesões corporais. A tragédia em Mariana deixou 19 mortos, sendo que dois dos corpos ainda não foram localizados. O dano ao meio ambiente em Minas Gerais e no Espírito Santo é apurado no inquérito da Polícia Federal (PF) que, ainda em andamento, tem empresas e sete pessoas indiciadas. O delegado Roger Lima coordena as investigações. Um engenheiro da VogBR, apontado como o responsável pelos laudos que atestam a "saúde" da barragem, é um dos que estão sendo ouvidos pelo MPF nesta quinta-feira (18). Ontem, policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão na casa dele, em Viçosa, na Zona da Mata mineira, e em dois escritórios da mineradora Samarco, em Mariana (MG) e Anchieta (ES). Sobre as buscas, a Samarco afirmou que está colaborando com a diligência policial, assim como vem fazendo desde o início das investigações. Indiciamento No dia 13 de janeiro, a Polícia Federal indiciou a Samarco, a Vale (dona da Samarco), a empresa VogBR e mais sete executivos e técnicos por crimes ambientais provocados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana. Segundo a corporação, entre os indiciados está o diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi. A polícia especificou cargos, mas não mencionou os nomes dos indiciados. Também foram indiciados o coordenador de monitoramento das barragens, a gerente de geotecnia, o gerente geral de projetos e responsável técnico pela barragem de Fundão, o gerente geral de operações, o diretor de operações, e o engenheiro da VogBR – consultoria responsável pela declaração de estabilidade da barragem, emitida em laudo de julho de 2015. De acordo com a Polícia Federal, eles foram indiciados por causarem poluição em níveis que “resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora”, como previsto no artigo 54 da Lei de Crimes Ambientais.
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