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Cidade afetada por rompimento de barragem ainda sofre com lama

21/02/2016 09h12
Por: Redação
Barra Longa
Barra Longa
Barra Longa foi uma das mais prejudicadas pela tragédia em Mariana. Solo nas áreas atingidas está impróprio para a agropecuária, diz Embrapa Três meses e meio depois do rompimento da barragem da Mineradora Samarco, cujas donas são a Vale e a BHP Billiton, a imagem ainda é de caos na cidade de Barra Longa, a 63 quilômetros de Mariana, na Região Central de Minas Gerais. Os moradores ainda convivem com lama e poeira. Uma delas teve o muro da casa arrancado pelos rejeitos no início de janeiro, dois meses depois da tragédia. Por causa do risco de desabamento, a dona de casa Cremilda Siqueira Pereira Kfouri e a família tiveram que ir pra uma casa alugada pela mineradora. DESASTRE AMBIENTAL Barragem se rompe em Mariana, MG rompimento fotos cobertura em tempo real vídeo: como ficou o distrito relatos de moradores perguntas e respostas infográfico mortos e desaparecidos antes e depois a tragédia em números como ajudar a vida após a lama "A gente fica tão insegura, né? Não sabe agora quando a gente vai ter tranquilidade para voltar para a casa da gente. Se eles vão dar garantia para a gente se a estrutura vai ficar boa, tudo isso", disse. Outras casas também correm o risco de desabar. Por causa disso, o que está sendo feito é a colocação de pedras para tentar fazer com que o leito do rio, que passa pela região e se deslocou com a avalanche de lama, possa voltar ao curso original. A casa do produtor rural Clécio José Gomes, no distrito de Gesteira, foi parcialmente destruída pela enxurrada. Os seis hectares de plantações que alimentavam o gado desapareceram debaixo da lama. "É ruim, né? a gente fica assim meio sem rumo". Um estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) constatou que o solo nas áreas atingidas está impróprio para a agropecuária. Quem vive da produção nos vilarejos enfrenta prejuízos. A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater) fez um levantamento ao longo de dois meses e constatou que a área rural de Barra Longa foi a mais afetada. O prejuízo dos produtores das principais cidades que margeiam o Rio Doce em Minas Gerais passa de R$ 23 milhões. “A gente percebe que o momento, até então, só se estão discutindo questões emergenciais, mas eu acho que já está na hora de se fazer um estudo caso a caso para verificar o que vai ser feito para o futuro dessas famílias", disse o gerente do departamento técnico da Emater, Leonardo Kalil. A Samarco declarou que os produtores rurais que perderam a renda estão recebendo cartões de auxílio financeiro, em caráter emergencial, e que o auxílio contempla o pagamento mensal de um salário mínimo para a família, além de uma cesta básica. A mineradora também afirmou que estuda formas de desenvolver a agricultura nas regiões tomadas pela lama e que lamenta os transtornos causados às comunidades atingidas direta ou indiretamente pelo desastre.
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