Polícia Civil pede prisão de sete por rompimento de barragem em Mariana
23/02/2016 15h27
Por: Redação
Entre os indiciados, estão o presidente da Samarco Ricardo Vescovi. Diretores e técnicos da mineradora e engenheiro da VogBR também foram. A Polícia Civil indiciou e pediu a prisão, nesta terça-feira (23), de sete pessoas pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais. Estão entre os responsabilizados pelo rompimento estão Ricardo Vescovi, presidente licenciado; Kléber Terra, diretor-geral de operações; Germano Lopes, gerente-geral de projetos; Wagner Alves; gerente de operações; Wanderson Silvério, coordenador técnico de planejamento e monitoramento; Daviely Rodrigues, gerente, todos da Samarco; e Samuel Paes Lourdes, engenheiro da VogBR. O inquérito da Polícia Civil, que trata da apuração das 19 homicídios, possui 13 volumes, 2432 páginas e cerca de 100 oitivas. A causa do desastre, segundo a polícia, foi liquefação [acúmulo de água]. Eles explicaram que houve elevada saturação de rejeitos arenosos depositados em Fundão, falhas no monitoramento, equipamentos com defeito, número reduzido de equipamentos de monitoramento, elevada taxa de alteamento anual da barragem, assoreamento do dique 02 e deficiência junto ao sistema de drenagem. O delegado de Polícia Civil Rodrigo Bustamante, responsável pelo inquérito, disse que este foi "o maior desastre ambiental da história do país". O inquérito foi aberto no dia 6 de novembro de 2015, um dia após o rompimento. A investigação durou três meses.